Falamos com Edson Barreto, que separou uma tarde, entre seus diversos compromissos para esse bate-papo. Conheça a história desse baixista!
Soundcheck: Quando a música surgiu em sua vida?
Edson: Toda a minha família é de músicos… meu pai, irmãos, primos… uma família grande e cheia de músicos!
Somos em 5 filhos, desses, eu e mais dois, somos músicos profissionais e os outros que não são músicos, tiveram uma relação muito forte com música. Então, a música em casa sempre foi muito presente!
Não tive muita escolha, quando eu vi… (risos)
Soundcheck: Com qual instrumento começou?
Edson: Comecei com o clarinete, meu pai me colocou para aprender. Mas, logo nas primeiras notas, desencanei!
O Rock‘n‘Roll estava batendo mais forte!
Foi quando comecei a estudar contrabaixo, e meus irmãos Tom Vitti e Gil Barreto, começaram a me ensinar.
Logo depois, com uns 13 anos, já estava com a minha primeira banda de Rockabilly e na sequência, com uns 15 anos, fui chamado para tocar em uma banda de Death Metal, só que, tocando guitarra!
Fiquei mais ou menos um ano nessa banda e sai decidido a estudar música e continuar com contrabaixo.
Soundcheck: Sempre se dedicou aos estudos?
Edson: Fui estudar música no Conservatório de Tatuí, fiquei três anos e meio viajando toda semana para lá.
Tive aulas, também com o Celso Pixinga (baixista) e depois já morando aqui em São Paulo, estudei na ULM com o Itamar Collaço, outro cara que dispensa comentários.
Sempre gostei de estudar… desde moleque! Colocava algumas metas e começava a estudar para valer.
Soundcheck: Quem foram suas influências?
Edson: Minhas primeiras influências, sem dúvida nenhuma, foram o Steve Harris do Iron Maiden e Beatles, claro!
E depois, quando fui estudar em Tatuí, que comecei a conhecer outros tipos de som… conheci Jaco Pastorius, Francis Rocco Prestia, baixista do Tower of Power… e um novo leque começou se abrir.
Soundcheck: Quando percebeu que teria a música como profissão?
Edson: A partir dos 16 anos eu já sabia que minha vida seria essa. Já tinha terminado o colegial e colocado como objetivo estudar no Conservatório de Tatuí. Antes disso, era como qualquer moleque, queria ser músico, mas ainda não passava de um sonho.
Em uma família de músicos, é tudo mais natural… um caminho que foi sendo traçado aos poucos.
Soundcheck: Como foi sua saída de Rio Claro?
Edson: Meu irmão já morava aqui em São Paulo, e por um ano e meio fiquei nessa, indo e vindo. Foi assim que as portas começaram a se abrir, sem precisar me desprender totalmente de Rio Claro!
E só depois que eu já tinha uma quantidade razoável de trabalho, foi que eu deixei minha cidade e mudei para cá.
Soundcheck: Quando foi que entrou para o mercado da música sertaneja?
Edson: Foi em 2001 quando pintou o Ralf com carreira solo, comecei a trabalhar com ele e com uns 6 meses na gig a dupla reatou. O Ralf me chamou para acompanhar a dupla Chrystian & Ralf e lá passei 8 anos como músico. Nesse período gravei 4 discos e um DVD – Acústico 2.
Durante esse período o Alex Fornari (guitarrista), um grande amigo que tocava comigo no Chrystian & Ralf, foi para o Zezé Di Camargo e Luciano e me convidou para fazer alguns sub para o Hélio Bernal (baixista).
Em 2009 fui convidado para entrar na banda do Leonardo, onde estou até hoje… há seis anos e meio. Minha gravação mais recente foi o DVD, comemorando os 30 anos de carreira.
Soundcheck: Além de sideman, quais outros projetos você tem?
Edson: Produzi e fiz todos os arranjos do disco para o meu pai (Sydney Barreto). Um disco que foi um presente para ele, com o apoio de todos os músicos e estúdio…
Gravei o disco do Maurício Cailet um guitarrista que acompanho. Toco com a “The Lay”, uma banda de cover, que faz o circuito de pubs aqui em São Paulo e tenho um projeto de música instrumental brasileira o “Baquara” que comigo estão, o Pedro Mattana (acordeon) e o Kiko Andrioli (bateria).
Endorse: Mac Cabos, Power Click, AF70 Pedalboards e Fuhrmann
Edson, obrigado por compartilhar com o Soundcheck um pouco da sua trajetória. Vlw
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