Fomos até a terra da garoa para falar com o Alex Mesquita (baixista), que nos recebeu em sua casa e contou um pouco da sua história e do seu atual momento trabalhando com os maiores produtores e artistas do cenário musical brasileiro.
Confira agora, como foi esse bate-papo!
Soundcheck: Quando foi que tudo começou?
Alex: Meu Pai (Pedro Dias “Ceará”) baixista e minha Mãe cantora, foram minhas influencias.
Com um violão comecei a aprender as primeiras músicas que meu pai me ensinou. Ele no bandolim, minha mãe cantando e eu acompanhando.
Lembro até hoje, meu pai ouvindo o disco do Emílio Santiago – Aquarela brasileira V.1 eu pirei naquele som também, queria tocar.
Nesse período ele tomava conta de uma banda, e os ensaios eram lá em casa, então, ficava uma bateria sempre montada. Como não dei muito certo com o violão, sentei na batera e depois de algum tempo já estava tocando o primeiro groove que aprendi na minha vida!
Mas como baterista, não fui muito longe, apenas meio baile! (risos)
Esse período de descobertas com o violão, bateria e guitarra, até começar com o contrabaixo, foi muito rápido, cerca de um ano e pouco. queria tocar de qualquer jeito, a música sempre esteve no meu sangue.
Soundcheck: Quando foi sua primeira gig tocando contrabaixo?
Alex: Com 13 anos, entrei na banda “Som de Cristal”, para substituir o Beto e lá fiquei, por quase um ano.
Depois fui tocar junto com meu pai, o Zé Carlos e o Wlajones Carvalho, desse momento em diante, não parei mais.
Tocava a troco de qualquer coisa… mas, pensa na felicidade que era!
A música traz isso pra gente!
Soundcheck: A partir de qual momento sua versatilidade permitiu trabalhar com diversos artistas.
Alex: Nos anos 90, com aquela onda de samba, comecei tocar com muitas bandas de Campo Grande, como: Grupo Zueira, Mel na Boca, Gente Humilde… chegava tocar 6 vezes na semana… época boa!
Depois desse período, comecei a trabalhar com muitos artistas da música sul-mato-grossense como: Juci Ibanez, Família Espíndola, Guilherme Rondon, Grupo Zueira, Eremar Teixeira, Só Pra Descontrair, Ismael Ramos, Aldeia Black, Vaticano 69 e vários outros.
Soundcheck: Você sempre gravou com muitos artistas, como e quando começou tudo isso?
Alex: Era à época da MIT Records, do Michel e Teófilo Teló junto com o Ivan Miyazato. Comecei gravando lá, toda essa galera do Samba, e na sequência vieram os convites para gravar outros artistas… não só de Campo Grande, mas também, do Mato Grosso, Paraná e do interior paulista.
Soundcheck: Como você entrou no cenário da música nacional?
Alex: O primeiro artista nacional que toquei, foi com a Juvelina Pérola Negra, junto com o Wlajones (bateria), fomos fazer alguns shows em São Paulo.
Em 2001 que comecei acompanhar o Fat Family, junto com o Wlajones e o Otávio Neto(Teclado). Essa temporada foi um marco na minha carreira. Não era comum para à época, um músico sair de Campo Grande para tocar com um artista nacional… me ajudou muito!
Outro momento marcante, foi em 2005, a gravação do DVD da dupla João Bosco & Vinicius, que abriu portas para um novo mercado.
Soundcheck: Você sempre esteve no eixo São Paulo-Campo Grande, mas agora decidiu viver por aqui, como foi isso?
Alex: Em 2012, vim gravar um disco a convite do Orlando Baron, era para ficar 5 dias, acabei ficando 45. Voltei somente para buscar minha esposa. Desse momento pra cá, estou trabalhando com muita gente, Graças a Deus.
Assim que retornei, fiquei um período como produtor do Renner que estava iniciando a carreira solo e na sequência comecei trabalhar com produtores, como: Fernando Zor, Dudu Borges, Orlando Baron, Reinaldo Barriga , Jefferson Pinas , Wlajones Carvalho, William Santos, Gladistone, …
SoundCheck: Qual o resultado de ter trabalhado com esses produtores?
Alex: Resultaram em trabalhos com diversos artistas de diversos gêneros musicais, como: Luan Santana, Bruninho e Davi, Chitãozinho e Xororó, Fernando e Sorocaba, João Bosco e Vinicius, Jorge e Mateus, Bruno e Marrone, Claudia Leite, Ivete Sangalo, Gabi Amarantos, Jads e Jadson, Jorge e Rafael, Patricia e Adriana, Marco Aurélio e Paulo Sérgio, Felipe e Falcão, Matogrosso e Matias, Irmãs Galvão, Rio Negro e Solimões, Aline Barros, Dani Black, Filó Machado, Balaio Jazz, Luiz Henrique e Fernando, Marcos e Belutti, Eduardo Costa, Inimigos da HP, Maria Cecilia e Rodolfo, Alexandre Pires, Banda Olho de Gato, Léo Verão e Daniel Freitas, Lucas Lucco, Digo Mendes, Anselmo e Rafael, Marilia Mendonça, Aviões do Forró,…
Soundcheck: Como foi o convite e como é fazer parte da banda do Programa do Raul Gil?
Alex: Conheci o Gustavo Martins na gravação do programa da Xuxa. Estávamos acompanhando a Tânia Mara, a banda era: o Baron (violão), Wlajones (bateria), Eu (baixo), Gustavo (Guitarra) a Vânia e o Dani Quirino (backing vocal).
Depois de um tempo, para ser mais exato, em Janeiro de 2014, o Gustavo que é da banda do programa, entrou em contato e me fez o convite… E aqui estou eu, indo para o segundo ano.
Tudo é novo para mim. Eu nunca tinha trabalhado com televisão até então e essa nova experiência está sendo muito boa para minha carreira. Apenas um ensaio por programa… praticamente um DVD por semana, saca? Com essa responsabilidade toda você acaba evoluindo em muitas sentidos!
Soundcheck: Para finalizar nosso bate-papo, quais são seus planos?
Alex: Hoje tenho me dedicado as gravações, ao programa e tirando isso tudo estou tocando com Gabriel Sater e Guilherme Rondon.
Endorse: Luthieria Aquino
Alex, muito obrigado pela receptividade e pelo bate-papo bacana que tivemos!
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Parabéns para todos esses guerreiros da música, que alegra nossos dias ,com garra , força, perseverança e determinação.
essa sempre foi minha duvida…”Apenas um ensaio por programa… praticamente um DVD por semana, saca? Com essa responsabilidade toda você acaba evoluindo em muitas sentidos!” olha que responsa do musico pra fazer a cama pro cantor deitar e rolar o que parece eh que eles ensaiam por meses.nossa muito bom parabens.