Hoje o Papo de Músico é com ele, Adriano Oliver “Magoo”, extraordinário músico, que tem trabalhado com grandes nomes da música brasileira, e que para chegar até aqui, já passou por vários lugares.
Essa história você vai conhecer agora, nesse bate-papo muito bacana e descontraído.
Soundcheck: Quando foi que tudo começou?
Magoo: Meu primeiro contato com a música foi aos 5 anos de idade, ainda no Rio de Janeiro, quando acompanhava meus pais na igreja, ali conheci o coral e o violão.
Somente quando fui para cidade da família de meu Pai (Campo Grande – MS) que tive meu primeiro contato, aí sim, com o teclado. A partir desse momento que comecei estudar, de lá para cá, não parei mais.
Soundcheck: Quando foi que você se tornou um músico profissional?
Magoo: Aos 13 anos de idade, em Campo Grande – MS, já tocava teclado em bares e na sequência fui com toda a minha família para Rondônia, onde me tornei um músico profissional.
Em Rondônia, realmente, foi onde tudo começou!
Lembro como se fosse hoje… comecei tocar em uma casa que chamava Minha Deusa Drinks, também, toquei em vários outros lugares… até no garimpo toquei! Não era fácil, mas era divertido!
Soundcheck: Nessa época(anos 80), quais estilos de música tocava?
Magoo: Tocava de tudo, forro, baião, lambada, sertanejo e muita música brega. Todos esses sons dos anos 80, tínhamos que tocar.
Nessa mesma época, meu pai idealizou um projeto, intitulado Adriano dos Teclados, era como me apresentava.
É bom ressaltar que, quando comecei tocar em bandas de baile, fazia aqueles bailões de 4, 5 horas… aprendi a tocar um pouco de tudo, posso dizer que foi a universidade da minha vida.
Soundcheck: A Música instrumental, como você conheceu?
Magoo: Foi também nessa época, quando comecei escutar um pouco desse som… eu sempre curioso, queria saber o que era e quem fazia aquelas músicas.
Época do The Chick Corea Elektric Band, Hermeto Pascoal,… mesmo trabalhando com as bandas de baile, já tinha essa curiosidade de saber o que rolava no mundo da música.
Soundcheck: Como foi sua volta para Campo Grande?
Magoo: Na minha volta a Campo Grande, trouxe na bagagem toda aquela experiência e já conhecendo um pouco mais de música.
Conheci o Jerry e o Geraldo Espindola e todos esses grandes nomes da música sul-mato-grossense. O Jerry foi muito importante para minha carreira, me apresentou para todo mundo.
Soundcheck: Tinha algum trabalho específico com o Jerry?
Magoo: Tinha sim, o Jerry me convidou para tocar na banda Tons e Jerry, foi quando comecei a tocar junto com Sandro Moreno, Marcelo Ribeiro, Luciano de Sá, entre outros músicos.
Soundcheck: Como e quando foi seu envolvimento com a Polca Rock?
Magoo: Foi nesse mesmo momento.
O Jerry já tinha algumas Polcas em parceria com o Rodrigo Teixeira e o Caio Ignácio, achei muito legal… aquela doideira toda da “música regional envenenada”, a partir desse momento, que surgiu o Jerry e Croa – Polca Rock.
Soundcheck: Como foi esse momento de criação do Jerry e Croa?
Magoo: Nos juntamos, em uma época de carnaval, Eu, Sandro Moreno, Marcelo Ribeiro, Jerry e o Antonio Porto(recém chegado de uma temporada na Europa) que colaborou muito com a gente.
Me lembro até hoje, passamos enfurnados praticamente 2 meses na casa do Sandro, tocando muito… tocávamos sem compromisso, queríamos achar algum som. Acredito que dentro da nossa realidade, conseguimos chegar a um resultado muito bacana, que é o disco do Jerry e Croa – Polca Rock.
Soundcheck: O que esse disco representa para você?
Magoo: Um disco que tenho muito orgulho de ter feito parte daquilo tudo.
Foi um disco que ajudou muito a minha carreia, começamos a fazer shows e conhecer muita gente, principalmente no eixo Rio-São Paulo.
Soundcheck: Como foi a entrada no cenário musical nacional?
Magoo: Quando cheguei em São Paulo, por intermédio do Jerry, conheci muita gente, como o Paulo Lepetit… Sabe aquelas coisas, quando de cara rola aquela empatia? Aí ele me chamou para gravar muitas coisas, inclusive o disco dele.
A partir daí, as coisas aqui em São Paulo começaram a fluir, mesmo.
Soundcheck: E o Zeca Baleiro, como conheceu?
Magoo: O Lepetit é muito amigo do Zeca… em um jogo de futebol conheci ele, e, também, foi de cara que rolou aquela empatia.
Mas, só um bom tempo depois, comecei tocar com ele.
Embarquei para uma temporada em Mônaco a convite do percussionista Luiz Carlos de Paulo, fiquei quase um ano por lá.
Faltando um mês para voltar ao Brasil, recebi um e-mail do Zeca, me convidando para integrar a nova banda, que estava reformulando.
Cheguei de Mônaco e fui direto para os ensaios, que por sinal, eram divertidíssimos. A partir daí, comecei a primeira temporada acompanhando ele.
Soundcheck: Como é seu envolvimento com as produções?
Magoo: Aqui em São Paulo o mercado é muito grande, então se você sabe fazer arranjo e gosta de produzir, acaba conseguindo oportunidades em outros mercados, como: Mercado Publicitário, Trilhas para cinema, teatro, documentários e etc…
O Zeca é um cara que gosta de produzir muitas coisas, de produzir outros artistas, e como estamos sempre juntos, ele passa muitas coisas para gente produzir e arranjar.
Com essa confiança e credibilidade que ele me dá, comecei a trabalhar com muita gente, cheguei em um outro patamar da música. Trabalhei com Alcione, Martinho da Vila, Filipe Mukenga(Angola), Zé Geraldo, Kleiton e Kledir, Zizi Possi, e muitos outros artistas que ele me deu a oportunidade de trabalhar e conhecer.
Soundcheck: O que você pretende transmitir com sua música?
Magoo: Tento fazer o som de uma forma mais emotiva possível, um som que possa tocar as pessoas, diretamente, sem atalho. Eu prefiro esse caminho… o caminho da emoção.
Quando estou fazendo um arranjo, tento me colocar no lugar da pessoa que vai escutar a música. O que aquilo vai significar para ela? O que ela vai sentir?
Conseguir fazer com que a pessoa se sinta parte daquilo tudo.
Eu tento, sempre, agir dessa forma!
Soundcheck: Quais as próximas produções?
Magoo: Meu próximo trabalho é produzir algumas faixas para o novo disco do Zeca, que me deu essa honra.
Então é isso Magoo, muito obrigado pela moral e pela oportunidade em bater esse papo com você. Em novembro, estaremos aí, acompanhando de perto essa produção!
Gostou desse bate-papo?
Comente, curta e compartilhe!
Ótimo! Tive a oportunidade de ver e ouvir ‘ esse menino’ na apresentação do Projeto Café no Bule-Sesc… profissional impecável!
Simplesmente amo Magoo ! Além de excelente profissional , tem uma simpatia e respeito pelos fãs que todo artista deveria conhecer !